Projeto do Instituto de Psicologia atua como espaço de cuidado aos jovens universitários

A transição para a vida adulta, uma nova rotina de compromissos e estudos, o aumento das responsabilidades, a cobrança dos pais e a inserção no mercado de trabalho são algumas das vivências que o jovem em formação universitária experimenta. Lidar com essas situações nem sempre é fácil e muitos estudantes, estejam eles no início ou término do curso, podem apresentar dificuldades ao enfrentar estas questões capazes de gerar tanta insegurança e ansiedade.
Para auxiliar os discentes da Uerj neste momento de grandes mudanças existe o Grupo de Apoio Psicológico (GAPsi). Coordenado pela professora do Instituto de Psicologia Dra. Eleonôra Torres Prestrelo e com uma equipe composta por uma estagiária bolsista e três estagiárias não-bolsistas, o grupo se reúne quinzenalmente na universidade. As reuniões são abertas a alunos de qualquer curso da Uerj e o objetivo é promover redes de apoio entre os próprios estudantes, atuando na prevenção e promoção da saúde e qualidade de vida destes jovens.
“Nós não somos um grupo psicoterapêutico. O nosso objetivo é que aqui seja um espaço de fala, de escuta e de compartilhamento de experiências. A partir daí, o grupo vai pensando em alternativas de resolução das dificuldades e isso cria uma rede de suporte entre eles que reverbera na universidade e para fora dela. Esse projeto traz a proposição central de nosso trabalho enquanto psicólogos e professores, que é de olhar para uma demanda que está aqui nos corredores da nossa universidade, porque somos responsáveis pelas pessoas e pelos profissionais que estamos formando”, explica a professora e gestalt-terapeuta Eleonôra Prestrelo, que coordena o projeto.
Para quem está passando por uma fase difícil, de dúvidas ou de angústia, é importante saber que sempre é possível conseguir ajuda e tratamento. Por isso, a professora Eleonôra Prestrelo deixa o conselho: “Procure ajuda. Que ajuda? Eu costumo dizer que não acredito que a única forma da gente se ajudar seja o processo psicoterápico. Sou uma psicóloga clínica desde que me formei, acredito na clínica como um encaminhamento de elaboração de vida, mas vejo e acompanho que algumas pessoas encontram outros caminhos, outras práticas. Mas diante de um sofrimento extremo, o que eu posso dizer de forma mais imediata é que é fundamental procurar ajuda, as que fizerem sentido, com critério, com referência, com cuidado, e sempre acreditar que você não está só. Existem outras possibilidades”, inclusive o GAPsi.

Sobre o GAPsi

O Grupo de Apoio Psicológico (GAPsi) é um projeto de extensão e pesquisa que oferece um espaço de acolhimento ao sofrimento da comunidade discente da universidade. É vinculado ao “Laboratório Gestáltico: configurações e práticas contemporâneas” do Instituto de Psicologia da Uerj que, junto ao COMtextos: Arte e Livre Expressão na Abordagem Gestáltica, utiliza o referencial teórico-metodológico da abordagem gestáltica e está em fase de avaliação pela reitoria da Uerj para compor um programa de extensão, o que permitiria a ampliação das possibilidades de atuação do GAPsi. Acompanhe as atividades realizadas pelo grupo por meio da página no Facebook: www.facebook.com/gapsi.uerj

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